segunda-feira, 1 de abril de 2013

Mal Entendido


Depois de quarenta anos no deserto e um longo período guerreando contra os seus inimigos e conquistando a terra da promessa, finalmente Israel viveu em paz! Porém, certo episódio quase culminou em uma guerra civil em Israel.
O que rolou foi o seguinte: para chegar à terra que Israel deveria conquistar, era necessário atravessar o rio Jordão, mas das doze tribos de Israel as tribos de Rúben, Gade e meia tribo de Manassés gostaram das terras que ficavam antes do rio, por ser um lugar bom para pastagem de seus rebanhos. Por isso fizeram o seguinte trato com Moisés, o líder do povo na época: eles atravessariam o rio junto com todo o povo, ajudariam a conquistar a terra e quando todo o povo estivesse se estabelecido eles voltariam para o outro lado do rio e se estabeleceriam ali.
Foi justamente o que aconteceu, após lutar com seus compatriotas e dominar a terra, essas duas tribos e meia, voltam para suas terras do outro lado do rio e as margens do Jordão, construíram um imponente altar.
Quando as outras tribos souberam da construção desse altar, se reuniram para guerrear contra eles, mas antes enviaram uma comitiva com um representante de cada tribo até eles. A comitiva chegou com palavras duras, querendo saber o porquê de eles construírem aquele altar em rebelião a Deus trazendo consequentemente a maldição para todo o povo.
Porém a resposta deles esclareceu aquilo que não passava de um mal entendido, eles não construíram o altar em rebeldia a Deus, mas sim construíram o altar para Deus, para que as descendências futuras soubessem que, o Deus daquele povo era o mesmo Deus do povo ali do outro lado do rio.
Esclarecido o fato, cada um foi pra sua casa e não teve guerra. Mas com esta passagem aprendemos pelo menos duas coisas:
1° O que não devemos fazer – nove tribos e meia se ajuntaram para guerrear contra seus irmãos com base em suposições. Eles viram o altar e acharam... Quantas vezes não acontece o mesmo conosco? Vemos uma situação, um fato, ouvimos alguém dizer algo e daí “achamos que...” e com base nesse achômetro nos armamos para guerrear, muitas vezes contra gente bem próxima que lutou conosco e por nós! Por isso tome cuidado ao tomar conclusões precipitadas.
 2° O que devemos fazer – imagine só a desgraça que teria ocorrido se um abençoado não tivesse a idéia de enviar uma comitiva antes de declarar guerra! Aqueles que estavam retornando em paz para suas casas seriam atacados de surpresa e mortos sem nem saber o motivo, imagine o ódio no coração dos filhos daqueles massacrados e o arrependimento no coração do restante de Israel ao perceber que mataram seus compatriotas por um motivo que não existia.
Devemos ter essa mesma sabedoria. Antes de sair tirando conclusões precipitadas vá até a pessoa e esclareça os fatos, não seja um fofoqueiro que sempre aumenta a história, mas seja um pacificador que vai até o próximo para que, se aquilo que parece realmente for verdade, você possa convencê-lo a se arrepender. Uma guerra declarada com base em suposições pode ferir e matar pessoas inocentes!
Desafio você a meditar e ler toda essa passagem que está em Josué 22 e através desta reflexão agir com sabedoria na próxima vez que você se deparar com uma situação assim.


Call Moreira

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